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O lugar está vazio...

O lugar está vazio...
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à espera de quem não vem...


Em troca de alguma quimera, á toa desperdiçamos a vida,
em êxtase vejo os momentos passados de puro prazer
mas não falamos o importante, nada disseste partiste
não mais viestes, não entendo como pode isso acontecer.

Porque me trocaste, se apenas tinha olhos para ti
novo amor encontraste? talvez melhor que o meu...
de nada vale o meu lamento, queixo-me às pedras da rua
dói a verdade nua e crua por sentir o quanto se perdeu

Passo os dias esperando neste banco de jardim a pensar,
na duvida pouco certa, de que um dia te irás arrepender
é tarde por isso vegeto, sei que falhei ao não te perceber

E também por isso de nada vale pensar no que ficou por vir
Para quê sentir a nostalgia do que ficou lá atrás e por viver
não será certamente isso que te fará mudar e te irá trazer



Nota:
Este poema é dedicado a todos quantos perderam o amor, por andarem distraidos com outras coisas e não deram a devida importancia a quem tinham ao seu lado.
Sexta feira estarei de regresso para colocar de novo o blog da semana, desta vez com uma aposta diferente.
Beijos e abraços para todos e fiquem bem

Antonio Gallobar

14 comentários:

maria teresa disse...

Um dia vai encontrar Alguém ... e o banco já não estará vazio...
Bj

chica disse...

Que maravilha de poema e que imagem essa.Foste tu quem a fotografou? Parabéns, lindissima e inspiradora!abração,tudo de bom,chica

Mariazita disse...

Querido amigo António
Começo por pedir desculpa de ainda não ter acedido ao desafio com que me honraste, mas estive fora o fim de semana (alongado...) e ficou tudo atrasado.

Agora o post de hoje:
A imagem é lindíssima. O banco vazio é altamente sugestivo.
O poema é muito bom. Às vezes há desentendimentos, que não passam disso mesmo, mas terminam em separação. Uma conversa clara e sincera pode evitar muitos desgostos...

Um grande beijinho
Mariazita

Maria Emília disse...

É certo António, a maior parte das vezes perdemos e perdemo-nos por não repararmos no caminho que está mesmo ali ao nosso lado.
Um grande abraço,
Maria Emília

DIABINHOSFORA disse...

Que lindo o teu poema...e adoro bancos de jardim!

Beijinho e bom fim de semana:))

Mª João C.Martins disse...

António

Infelizmente, a maior parte das vezes só se valoriza o que se teve quando se perdeu. No amor também é assim...
Bonito o teu poema, que ele alerte as consciências, como desejas.

" É o tempo que dedicamos a uma flor que faz com que ela seja importante para nós "

Lídia Borges disse...

Como é apanágio da condição humana, muitas vezes desvalorizamos o que temos.
Só na ausência percebemos a importância do que tivemos.
Tarde demais (?!)

L.B.

Cristina Fernandes disse...

Por vezes, pensamos que perdemos o amor, mas quem ama nunca perde esse amor...
Acredito que nunca é tarde para esse esse eterno recomeço.
Entendo bem as suas palavras e o soneto é lindíssimo...
Um abraço
Chris

Cris Animal disse...

Oi Antonio!
Antrs de mais nada amei a música. Vontade de sair dançando....rs

Quanto a poesia, o tempo não pára, como diz o poeta Cazuza. Não pára e não adianta muitas vezes ficar fantasiando e sonhando o impossível. Como vc bem disse, o tempo não volta e carrega com ele tudo que foi esquecido.
Olhar pra frente e viver o hoje é a única forma de continuar e ... amar de novo, amar sempre, amar até mesmo a nossa amada solidão.

Beijo grande!

Cris Animal disse...

António, tentei escrever no seu último post, mas não consegui.
Não há como não agradecer e dizer que fiquei emocionada quando entrei aqui e li sua indicação e mais que isso: a sua comoçao e interesse, unindo sua força e sua indignação em prol de todos esses animais.
Seria pretensão agradecer, pq me sinto uma operária nesse mundo do ativismo, mas agradeço sim, em nome de todas essas vidas tratadas como mercadorias baratas e insensíveis, pela sua atitude e carinho.
Algumas vezes, as palavras são efêmeras e não conseguem transmitir o que sentimos.
Entrei no seu blog há tão pouco tempo e ... encontrei um amigo que ama e abraça a causa dessas vidas que eu amo de todo o coração.
O BRI GA DA !
Essa luta desigual e desumana, sem medidas e sem freios espera um milagre!
Beijo grande pra vc e conte comigo se um dia precisar!
Fechamos aqui um pacto de amizade.

Vou olhar os blogs que vc indicou!

Francisco disse...

Amigo António!
Como sou um otimista nato, acredito que quando existe amor verdadeiro, nada é impossível.
Quando menos se espera, duas metades voltam a formar um inteiro, principalmente se houveram raízes.
Grande abraço!

... "gigi"... disse...

Querido amigo

Estamos sempre á espera de algo, muitas vezes de nos encontrarmos a nós proprios.
Esperar nos consomem a alma...mas as vezes, ainda vale a pena esperar e esperamos

Vou deixar-te o aroma de um poema que adoro...

Quem espera na pura espera
Vive um tempo de espera vã.
Não te esperarei na pura espera
Porque o meu tempo de espera é um
Tempo de quefazer
desconfiarei daqueles que virão dizer-me,:
em voz baixa e precavida:
é perigoso agir
é perigoso falar
é perigoso andar
é perigoso esperar, na forma em que esperas
porque esses recusam a alegria de tua chegada.

Poema de Paulo Freire

Sou grata pelo carinho de tua visita.
Besos y carinño

fd disse...

Um banco de jardim vazio que propícia a reflexão.

O mar me encanta completamente... disse...

Oi António.
Estive por aqui lendo tua alma...
E me encantou profundamente, como sempre.
Sinceramente fico lisonjeada por tua atenção e muito feliz pelo carinho que manifesta pelos meus escritos.
Graças a Deus ainda existem pessoas e que lê para além das palavras.
Por isso, fico realmente feliz por saber que o que eu escrevo, é lido por outras pessoas sensíveis como você.
Escrever é como respirar, é necessidade e tudo está de
certa forma no contexto da minha vida.
Obrigada.
Bem-vindo, sempre.
Quanto ao seu belissimo soneto, enquanto esperamos, a vida passa...

Mil beijos

Glória Salles