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O amor de Pedro por Inês


Foi com alguma emoção que o gosto pela fotografia me levou sem querer a redescobrir esta bela história de amor, quando fui tirar umas fotografias ao belo Mosteiro de Leça do Balio nos arredores da cidade do Porto, e me deparei com uma escultura recente dedicada ao imortal amor a estes dois seres que viveram alguns anos das suas vidas, na sombra e na clandestinidade.

O pai de Pedro era o rei D. Afonso IV, e por isso jamais poderia aceitar que um príncipe de Portugal casasse com a Galega Inês de Castro, pondo assim em risco a independência. Contam as lendas e registos que D. Pedro se apaixonou perdidamente por uma das aias da sua mulher, mas como os altos interesses da nação se sobreponham a isso, vivia no palácio uma vida dupla mantendo o curto casamento com D. Constança que acabou por falecer no momento em que deu à luz o primeiro filho que haveria de ser depois de D. Pedro o herdeiro do trono de Portugal (D. Fernando). Após a morte da legitima esposa o príncipe pensou poder oficializar a sua relação com D. Inês já que há muito se havia tornado na sua grande paixão, mas sofreu feroz oposição por parte de Rei, acabando por ordem sua por ser afastada para bem longe da corte.

Contra tudo e contra todos o príncipe correu para os braços da sua amada vivendo o sabor da paixão, havendo inúmeros relatos e em segredo acabou mesmo por se casar com a sua amada no dito mosteiro de Leça do Balio, sendo designado na antiguidade por Bailio do Lessa, numa clara referencia ao rio que corre nas suas costas.

Desse amor nasceram três filhos, e não foi de estranhar que as intrigas chegassem ao palácio real cada vez mais em maior numero e cada vem mais fortes às quais o Rei acabou por ceder decretando a morte de Inês de Castro com vista a resolver de vez o problema, assim num triste dia aproveitando a ausência de D. Pedro assassinaram-lhe o seu grande amor e por isso ficou naturalmente inconsolável, jamais perdoando ao seu pai tal atrocidade e violência que sobre eles exercera.

Quando subiu ao trono, fez proclamar D. Inês de Castro como Rainha de Portugal, por outro lado mandou perseguir e executar dois dos três carrascos, contando igualmente as lendas que D. Pedro com as próprias mãos lhes arrancou o coração pelas costas tentando desta forma vingar a enorme angustia e raiva que por eles nutria.

Chegam ecos até aos dias de hoje desse eterno amor 650 anos depois, continuam lado a lado sepultados em túmulos maravilhosamente trabalhados no belíssimo Mosteiro de Alcobaça, onde continuam a receber o povo que os venera, sendo este amor exaltado ao longo dos séculos por todos os poetas de onde se destaca naturalmente Luís de Camões.

António Gallobar
Leça do Balio, 17 de Fevereiro de 2009.

2 comentários:

Emanuel Azevedo disse...

Lindo trabalho que está aqui apresentado neste teu blog.
Adicionei o link do teu blog no meu, espero que não te importes.
Recebe um forte abraço de Angra do Heroísmo.

Parapeito disse...

uma das histórias de amor que li nas aulas de história e que muito me impressionou...mais ainda pela lendas que corriam em redor de tao triste e cruel destino que teve D.Inês.
Imaginava o quadro terrivel que devia ter sido desenterrar o corpo da amada, coroando-o como Rainha de Portugal, e obrigando os nobres a procederem à cerimónia do beija-mão real ao cadáver, sob pena de morte.
...
Continuam juntos depois da morte...
Dias cheios de brisas mansas