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Travessia no deserto
 
Em silêncio observo sem receio
Aqueles a quem chamei amigos
Agindo qual desconhecidos
Teimando em mudar de passeio
 
Porém, havemos de voltar a sorrir
Precisamos de tempo, nada mais
Vós que fugis descansai
Nada vos hei de pedir
 
Depois deste tempo, outro há de vir
esperarei por vós que vos perdesteis 
sentado no meu canto a sorrir!
 
Num tempo de má memória
farei a travessia do deserto 
e qual fénix, reescreverei  a vossa história
 
António Gallobar

2 comentários:

dade amorim disse...

Muito bom, Antônio!
Abraço

Unknown disse...

Bom-dia, Antônio.

Sua poesia traduz sentimento, força e musicalidade.
Parabéns!
Abraços literários.

Carlúcio Bicudo