Deixem-me
Quero ficar em paz,
comigo.
Quero ficar quieto e calado.
Não quero falar com ninguém.
Não vos reconheço,
não reconheço este povo
a quem dizem que pertenço,
imberbe,
vencido e sem vontade própria
Que se deixou comprar
Por um misero pedaço de pão.
Hei-de sobreviver à tempestade
Mesmo só e sem vocês
Pobres pedintes, vencidos pelas dificuldades
Esquecidos de como se levanta a cabeça
E se luta…
Se conquista o direito de ser
Cidadão de corpo inteiro.
Basta de hipocrisia
de lamentos
tenho e tendes o que mereceis
Hoje acendi um vela por vós
que, tal como eu vos finasteis.
5 comentários:
muito forte. ( e real)
abraço.
meu amigo
Um poema muito forte, mas também muito verdadeiro.
Um beijinho
Sonhadora
Ultimamente sinto-me tão assim...
Beijos
Branca
Haste forte é este povo
Que por fortes ventos acometido
Apenas verga sem partir
A esperança que o tem erguido.
Um abraço, António
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