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Depois de ti Sémele

( Zeus suspirou inconsolável, pressentindo que a sua mais recente conquista o havia abandonado para sempre. Louco de raiva, paixão  e desejo, ficou cego pelos ciumes que lhe atormentavam a alma.)








Depois de ti...
ficarei com olhos tristes,
cansados,
desesperados pensando em ti,
que te foste.
Caminharei perdido e cego
ciúme
que queima as vísceras,
me tolda os olhos,
e que reduz meus horizontes.
.
Depois de ti...
Esconderei as lágrimas
cada vez que lembre
teu corpo,
imagem gravada a fogo,
em minha alma dormente
suspirando inconsolável
recordando teu regaço,
sabor a uvas, mel
a terra prometida,
sereno rosto puro e casto
o teu de menina e mulher.
.
Depois de ti...
me quedo, dizendo mal da vida, 
promissora por certo,
mas que um dia se perdeu,
crepúsculo ocaso
 lusco-fusco 
estrela
ofuscado por inigualável beleza,
a tua.
.
Depois de ti...
Esconderei o meu rosto, 
vergonha...
amaldiçoo esta alma apaixonada, 
que se perdeu... de amores impossíveis,
cerro os punhos, agarro um raio de trovão
brandindo-o aos céus que derrotará meus inimigos,
cerro dedos, cerro olhos
não quero ver o teu sangue jorrar,
não quero sentir o amargo, fel traição que acometeste, 
ficarei eternamente cego e mudo
a redimir o pecado
do pecado que irei cometer.
.
Depois de ti...
o amor deixará de ser um direito Divino,
direito que roubaste cruelmente,
Não havia amor?
Não haveria paixão?
oh o meu cruel amor... foste apenas miragem
uma ilusão?
que será então dos poetas...
 em estados de espírito inquietos
que alimenta afinal as suas almas
 inquietas?


Depois de ti...
Não sei, não sei se quero,
voltar a ser o que era 
se Deus ou homem que simplesmente ama
cego pela paixão,
afinal com a tal alma de poeta
poeta?
Não, nunca o fui... os Deuses do Olimpo sabem-no bem, 
Oh como te amo, como amei!


Partiste?
 Partiste...

Depois de ti...

não há perdão, nada mais importa. 
Depois de ti.
viverei para sempre neste luto
nesta luta 
castigo é viver sem ti
saber que te perdi
viver afinal sem amor...




Dionísio irá em teu auxilio
tirar-te dos infernos
para onde te remeto agora.
Para que pagues
pelo mal que me fizeste
acertarás tuas penas


Depois de ti
e do teu amor que se foi,
nada mais me resta
como pudeste partir
sem dizer porque te ias...
será que foi a fúria de Hera?
minha adorada e amada esposa,
 mãe extremosa de meus filhos,
talvez tenha sido ela
que te levou à loucura
mas pouco mais importa 
não ousarei censurar,
bela Sémele 

Depois de ti...
Nada aplacará esta fúria,
este desejo imenso que me engana
perene que sinto me maltrata
de que vale se não és minha...
de mais ninguém podes ser
Bela Espartana
vai e não voltes

António Gallobar

3 comentários:

Anónimo disse...

precioso,hermoso ensayo es poesía pura!
un abrazo,muchas gracias,poeta
lidia-la escriba

Regina Coeli Carvalho disse...

Olá,
Retribuindo sua visita encontro essa beleza de poesia.
Vou conhecer o outro blog.
Carinhoso abraço.

*Enviei e-mail sobre o CD do Carlos Rogério.

Thomaz disse...

Torcendo que não nunca ocorra o "Depois de ti", e sempre o "com ti". Um abraço, amigo.