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Qual borboleta…

Dou comigo sentado numa pedra, perdido neste mundo
Olhando à minha volta alheio, indiferente a tudo
Vejo a vida que passou por este corpo, qual borboleta
Num voo irregular ziguezagueante e mudo

Levantei um braço, como que a dizer, vai-te embora!
Vida que me deixaste, qual sombra de mim a vegetar
O vento frio agreste me acorda e me desperta
Do torpor em que caí, neste eterno arrastar

Gritei alto, mas escutei apenas o meu eco
Pude então sentir a solidão de muita gente
Quando vê a vida lhe fugir ou a razão lhes mente

Respiro fundo, tentando ver um pouco mais claro
Ver se encontro a borboleta que me foge desde então
Não posso crer, ela acabou de pousar em minha mão.

António Gallobar

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