Sorrisos, à noitinha.
.
Consigo ouvir o seu soluço amordaçado
a vida tardando, os fez adultos adiados
em tempos, acharam o seu tempo preenchido
nas curvas da vida, esperam ser encontrados
.
.
Vegetam por aí calados e ristes
os pais tardam a chegar
e chegam noite feita, bem cansados.
.
Abre-se a porta, entram sorrisos prometidos
aquecem a alma, atenua a espera.
recobertos de promessas adiadas
sol de Outono cheirando a Primavera
E nessa imensa ternura, de viver esquecem
quatro paredes afinal tudo esconde e agasalha
incertezas se haviam, depressa esmorecem…
António Gallobar
2 comentários:
BRAVO,BRILLANTE!
me ayudas a no pensar,si a sentir mas!
un abrazo,besos
lidia-la escriba
É imensa a solidão de tantas crianças, parecendo ter o que não têm no agasalho das paredes de uma casa. E é nessa solidão que crescem, numa espécie de negação da própria natureza, que os fez nascer e os abandona nas promessas e os compra com tudo o que não lhes faz falta.
Triste sim, muito triste
Um abraço
Enviar um comentário