Lágrimas,
junto ao velho pontão
Na margem fiquei olhando, sentindo nostalgia
lembrar que alguém daqui partiu e não voltou
Como viver nesta imensa dor, nesta agonia
insondáveis desígnios de quem me ignorou.
Regressa amor que partiste sem aviso
Viver assim tem sido enorme provação
Perdoar-te-ia hoje mesmo, se preciso
A enlouquecer, perdendo para sempre a razão.
Melhor morrer já, a viver sem ti em desespero
perecer por uma vez, a vegetar assim na vida
a vê-la incerta, adiada sem esmero.
A brisa me diz que vou continuar sofrendo,
mas a maré há de levar essas mágoas consigo
nada é eterno, o rio continuará correndo.
Poema dedicada às almas que sofrem a ausência atroz, daqueles que tanto amam...
Nota:
A foto que ilustra o poema é da autoria do fotografo e amigo Carlos Rocha natural do Barreiro - Portugal, a quem desde já agradeço a disponibilidade demonstrada. Para conhecerem melhor a sua obra,
clicar aqui.
António Gallobar