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Voa livre, pensa livre

A vida não é por ventura fácil
mais fácil será desistir, a resistir
no caos, encontrarás o caminho
que te fará de novo sorrir.
Se vives momentos de incerteza
a tua vida, não anda nem desanda
nada conseguirás aí sentado
caminha que a opressão não abranda.
Talvez te sintas perdido
Apesar das dificuldades
acredita, não estás morto
apenas atordoado e ferido
Pensa, sê um homem livre, desperta
voa sem medo vive a tua vida.
Solta as amarras que te amordaçam
a batalha é difícil, mas não perdida!
7 de Outubro de 2023

Dia de Portugal, de Camões e das comunidades Portuguesas

 Portugal eterno, pátria amada


Portugal eterno, pátria amada
De Guterres, Pessoa a Camões
A tua língua se espalha pelo mundo
A tua visão humanista guia corações
A língua Portuguesa é bandeira
Maltratada porém sinal de união
Que liga os povos do mundo
Que partilham a mesma paixão
Portugal que partiste à aventura
Por mares então desconhecidos
És exemplo para as gerações futuras
Porto de abrigo para perseguidos
As cores da bandeira mostram a tua paixão
verde esperança, campos de prosperidade
Vermelho é paixão, é sangue derramado
Das causas que acredita e nossa identidade
E no centro da bandeira, como um sol
o conhecimento, a inovação das descobertas
farol para o mundo, das causas que crês
Esperança e luz para as batalhas incertas.
António Gallobar
10 de Junho de 2021

Não culpes o teu destino



Solitário trilhas o teu caminho
Observando apenas
Destilando pesadas penas
Teimas em deitar as culpas ao destino.
Há momentos que pensamento é só um,
dás contigo a tentar compreender, a magicar
E se apenas sentes muito medo em errar
Desiste, pois não irás a lado algum.
Acredita com entusiasmo
A vida não está perdida
Errar, faz parte da vida
Desperta desse marasmo
Luta, levanta essa cabeça
tens tempo de ser feliz...
Mesmo se a vida te desdiz
E hoje não te pareça!
Abre de vez
as gelosias da alma
E sorri




António Gallobar

Por ti morro de Amores

Meu tesouro!

Deambulo meio perdido
pelas ruas estreitas e calçadas
onde me perco de amores
pelas buganvílias nas sacadas
Varandas e varandins
ferro forjado, azulejos
assim é o meu "Porto"
que nunca poupa nos beijos
É de ouro, é de ouro
é de ouro!
é de ouro...
Pedras velhas contam histórias
dos amores das brincadeiras
dos namoricos às escondidas
por detrás das trepadeiras
É tudo ouro
tudo ouro!
Onde até o belo rio
é douro...




António Gallobar
3 de Junho 2021

Sentimentos dispersos
























No teu olhar perdido me sinto
alheio a tudo, sem nada importar
persigo o sonho de te ver
quiçá um dia te encontrar
E nesse sonho me deixo cair
do ir, não ir, ou do ficar
lentamente acordar da letargia
que prende o meu pensar
E nesse sentimento
meio obtuso
me escuso
Acordar devagarinho
dizer não, pra variar
abrir os olhos e voar


António Gallobar
24 de Maio de 2021

Sob a tua sombra ao entardecer, 

descansam corpos cansados




Anónima tudo vês tudo observas
ufana assistes à vida (quiçá) exagerada
abrigas aves, refugio de namorados
às promessas de amor, que dão em nada

Altiva e bela sabes que hás-de morrer em pé

calada e muda resistindo a ventos agitados
o corpo está aqui, a mente noutro lado
crer num novo dia sem sonhos adiados


Garbosa e forte balanças teus braços
faz de conta que não ouves, nada vês
acredita no que dizem por uma vez


Sob a tua sombra e aconchego,                                           
descansam (os tais) corpos cansados                                  
viver eternamente, esquecer males passados.



 António Gallobar

,,,Deixar que a noite caia inteira num torpor

que será de mim alma descrente
dou por mim pensando que perdi o teu amor
E no que devia ter feito de diferente...


A ausência

A ausência...

Acordei atordoado, sem rumo na noite fria
senti um desconforto na alma, ingratidão
a porta aberta esperando quem disse que vinha
e me deixou na mais completa solidão

De soslaio acordo lentamente os sentidos
a ver a sombra que sobre mim se esbate.
Desperto alvoraçado, qual açoite
que me faz bater o peito a rebate...




Qual borboleta…

Dou comigo sentado numa pedra, perdido neste mundo
Olhando à minha volta alheio, indiferente a tudo
Vejo a vida que passou por este corpo, qual borboleta
Num voo irregular ziguezagueante e mudo

Levantei um braço, como que a dizer, vai-te embora!
Vida que me deixaste, qual sombra de mim a vegetar
O vento frio agreste me acorda e me desperta
Do torpor em que caí, neste eterno arrastar

Gritei alto, mas escutei apenas o meu eco
Pude então sentir a solidão de muita gente
Quando vê a vida lhe fugir ou a razão lhes mente

Respiro fundo, tentando ver um pouco mais claro
Ver se encontro a borboleta que me foge desde então
Não posso crer, ela acabou de pousar em minha mão.

António Gallobar

Pago com lágrimas o preço combinado

Sinto falta de ti, do que foste meu amor
não sei se me deixe adormecer
Cair num voraz, efémero e ilusório torpor
acordo a cada instante, me faz enlouquecer

No meio do medo, dessa tempestade sem te ver
mora o receio que a tua porta cerrada não se abra
fico vigilante, segurando a luz até amanhecer
para que o teu sorriso não tropece em nada

E velando assim a tua noite, o sol irá surgir resplandescente
e eu mesmo triste, manter-me-ei acordado
Nada dizes nem precisas, 
pago com lágrimas o preço combinado

Contarei as onda que chegam à minha praia
cada gesto de agrado teu me fará viver
tudo o resto pouco monta
vivo lutando para que possa acontecer


Maio 2011
António Gallobar

O que pensamos ser


Envolto na brisa suave

mansa, meiga impetuosa
passa o tempo arrastado 
riscando o céu pelo voo da ave

Marca no céu dos meus sonhos

dos meus beijos e loucuras
choros e gritos do meu eu
do que pensamos ser e não somos



Na Curva da Estrada

Esperei que voltasses
Na curva da estrada
No leito vazio
no meio do nada

Era já tarde
e a chuva caía
e tu que não vinhas
minha alma sofria

Mas, quando então
algo aconteceu
um raio de luz
na noite de breu

eras finalmente tu
no teu rosto um sorriso lindo
que se abria para mim
apertei-te nos meus braços sorrindo

Afinal valeu a pena esperar
na curva da vida
acabei por te ver
acabei por te encontrar 

Ócaso?


Talvez o ócaso

Um dia
sim um dia partirei

Partirei antes do sol se por,
sem pressa abrirei as minhas asas
e finalmente livre voarei.

Nada mais me prenderá
se antes fores
partirei rico, mas sem bagagem
depois de ti, nada me fará falta
levarei apenas as saudades 
que me hão-de matar


Sim amor, depois de ti meu amor
pouco importará

Vamos amor
viver intensamente hoje
o hoje que me faz feliz.


                                 António Gallobar


Procurei-te por aí...



Perdidamente te busco

Tua mão, teu olhar.
Quanto mais perto te sinto
Mais tenho que procurar.

Antonio Gallobar 

Por este vale encantado...

Por este vale encantado
Encontrei o meu amor
De mãos dadas pela vida
Sempre com ar sonhador
Por estas veredas corri
Caminhos velhos trilhei
Ouvindo o canto da poupa
Enternecido fiquei

A cordado e a sonhar
Mão na mão vida fora
passam anos devagar
Sempre te irei encontrar
Ternura dos meus dias,
Companheira dos meus passos
fim dos meus enganos
aqui estou
aqui me encontro

António Gallobar 










Um poema para o meu amor



Alma minha

Deste corpo sôfrego a morrer
A tua ausência é solidão
Tudo é triste sem te ver

Quero e não te tenho
Pressinto que não vens
Continuo á espera
Só ouço risos e desdéns




António Gallobar

Adeus

Adeus

Como é dolorosa a partida
Sem saber quando voltar
Que triste vai ser esta vida
Depois da cruel despedida
Deixa-me teu corpo apertar

Seria bom sorrir
Neste momento de dor
Não sei se tornarei a vir
Mas agora tenho de partir
Adeus até sempre amor

Sê forte agora querida
Dá-me alento pró futuro
porque depois da partida
Serás o Norte da minha vida
Quando me sentir inseguro

Triste e suave ilusão
Vejo nesses olhos teus
Levo-os no coração
Que muda recordação
Deste nosso último adeus
A vida que se foi

Devagar vi a vida que se foi
exangue sem forças resignei
a vida acabou perdendo vigor
uma sombra do que fui, fiquei

Lentamente vi que partes
da minha vida do meu ser
renovar a esperança do que era, para quê?
se jamais te irei ter

E nesta loucura me deito
sonhando na vida que parte
desiludido e desfeito

Mas, ainda sofro, e desespero
ver-te fechar a porta e partir
sem ao menos te dizer quanto te quero



António Gallobar 
ALMA MINHA AQUI ME ENCONTRO

Perdido nesta noite
Nas brumas escondido
Sôfrego e exausto a morrer
Perdido na imensidão
Perdido sem te ver
Abri as minhas asas
Levantei voo e voei…


Já bebi da ternura dos teus beijos
Posso morrer
Pouco importa


António Gallobar 
Perdida no meio da multidão

Perdida na multidão
sua alma alheia
sua alma sofre
óculos escuros
sente-se na prisão
o rosto fechado
esperança adiada
nem um grito
nem um som
tudo vê
nada vê
sabe que é preciso ter força
sente que bateu no fundo
amanhã será um novo dia
com mais animo e alegria
hoje fica calada
amanhã acordará de madrugada
e vai ver o sol nascer…

Antonio Gallobar 
Sinto-te...



Olhando o horizonte
vejo o teu olhar
sinto que estás perto…
tocas-me
sinto-te
meu ego fica confortado
só de pensar que mesmo desse lado
continuas a me ajudar

Antonio Gallobar 
Repartir a lua contigo

Quero sentir-me nesta terra
ouvir-me deste lado
amar-te neste canto
não acordar deste sonho
e viver esta vida
contigo meu amor

Sonhar de novo
ser outra vez namorado
beijar-te neste encanto
sentir-te como suponho
repartir a lua contigo
e viver este belo sonho de amor

António Gallobar