Céu de amianto
Porque nos tornaram assim estreitos
Assim impossíveis de asas
Assim cautelosos de falas
Acanhados, espreitados,
Fizeram de nós uma ameaça
Assaltaram nossa alma,
Revistaram nossa gaveta,
Deixaram marcas na nossa intimidade,
Mexeram coisas subtis em nosso passado,
Nos transformaram em bichos acuados
Servis, obedientes
Não sei resolver o mundo, eu mal resolvo
Meu próprio coração
E tudo me consome
Mas sei que há uma luta
Não existe assombração
Nesse mundo desincerto
Tudo é o homem
Luis Alberto
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